Estudantes do CJSP cantam, interpretam e dançam em audições especiais de fim de ano
Na programação das atividades do Teatro Jardim São Paulo, um evento sempre aparece em todo semestre: as grandes apresentações dos corais de nossos alunos.
Aclamadas por pais e familiares, as audições do Coral Infantil, coordenado pela professora Ana Monteiro, e Infantojuvenil e Jovem, regidos por Vera Novack, animaram o público no final do segundo semestre de 2019.
Dentro do castelo encantado da Disney
O tema escolhido em 2019 pelo Coral Infantil animou a garotada e também trouxe muita nostalgia para os adultos. Presentes na vida e no coração de diversas gerações, os musicais da Disney foram a inspiração das duas apresentações em novembro.
Utilizando tiaras com as famosas orelhas do ratinho Mickey Mouse, os alunos do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental subiram ao palco e cantaram músicas de várias décadas, englobando desde as primeiras animações da empresa — como Pinóquio (1940) — até as mais recentes (Moana: Um Mar de Aventuras, de 2016 foi uma delas).
Assim como nas edições anteriores [saiba mais], o espetáculo entreteve o público não somente com a voz dos jardanenses, mas também com encenações e coreografias.
Na canção Up, down, touch the ground, por exemplo, os coralistas assumiram o papel do desastrado Ursinho Pooh em sua tentativa de fazer exercícios físicos. Já em O que eu quero mais é ser rei, música do filme O Rei Leão (1994), eles entram na pele do leãozinho Simba e do pássaro Zazu em uma das mais célebres cenas da obra. A viagem mágica pelo universo da Disney também teve paradas em outros blockbusters, como Aladdin (1992), A princesa e o sapo (2009) e A bela e a fera (1991).
Além do português, muitas outras línguas foram ouvidas do palco. Para ilustrar o reino nórdico de Frozen (2013), as crianças cantaram Você quer brincar na neve? em norueguês. Também houve músicas em inglês, espanhol e italiano. Ao final, escolheu-se uma canção bastante apropriada para encerrar a noite: Eu vou para casa de Branca de Neve e os sete anões (1937).
Os sons do mundo
Em seu espetáculo de outubro, os corais Infantojuvenil (6º ao 9º ano do Ensino Fundamental) e Jovem (Ensino Médio) novamente apresentaram seu variado repertório, incluindo obras nacionais e internacionais das mais diversas origens. O samba, o pop internacional e o cinema são algumas das fontes de inspiração na preparação do catálogo musical do evento.
Nas músicas estrangeiras, o destaque foi para faixas de grandes nomes da indústria fonográfica britânica, como Can you feel the love tonight? do ousado Sir Elton John; Here comes the sun, clássico dos Beatles e Paradise, do Coldplay.
Com velas nas mãos, os coralistas também emocionaram a todos com Hallelujah, obra de Leonard Cohen que mistura gêneros da arte sacra cristã com o rock. Marcando o passo com palmas e batidas, eles também cantaram Bring me little water, Sylvie, do músico americano Huddie Ledbetter.
Os ritmos animados e populares brasileiros também estiveram na mostra. Shimbalaiê de Maria Gadú; Trevo (Tu), de Clara Caetano e Tiago Iorc; e Desde que o samba é samba, de Caetano Veloso, foram acompanhadas de danças e muitas coreografias dos participantes. Na folclórica canção Vinhetas de Maracatu foram utilizados instrumentos como chocalhos e tambores, convidando o público a entrar ainda mais na música.
A noite ainda teve a presença de algumas canções infantis, dentre elas, O carimbador maluco, do “maluco beleza” Raul Seixas.
O teatro é todo deles
Finalizando as atividades do ano, os corais Infantojuvenil e Jovem retornaram ao teatro para participar do Arte Jovem no início de dezembro. A proposta do evento é estimular o protagonismo dos estudantes. Por isso, todo conteúdo da mostra — músicas, poesias e encenações — foi escolhido pelos próprios jardanenses.
Cantando sozinhos ou em grupos, ao som de violão, teclado, flauta ou ukulele, os alunos demonstraram um variado repertório artístico. Eles tocaram desde composições recentes do universo pop — ouviu-se Old town road (Lil Nas X), City of stars (Ryan Gosling e Emma Stone) e Believer (Imagine dragons) —, passando por clássicos como How deep is your love (Bee Gees) até obras autorais — Divisor de águas, da aluna Júlia Cerdá, surpreendeu.
Além de muita música, a audição também teve declamação de poesias, apresentação de dança e até uma performance de rap. Os estudantes ainda realizaram uma peça teatral chamada Propaganda enganosa, inspirada em uma passagem do livro As aventuras do capitão Manivela, escrito pela aluna Luísa Andrade Machado (veja aqui uma entrevista exclusiva com a autora).