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Espaço do Poeta 2020-10-13T23:30:35-03:00

Espaço do Poeta

Este espaço é dedicado à história e à obra do fundador do Colégio, Paulo Meinberg – filósofo, professor, músico e poeta. Nos links desta página, você poderá conhecer mais sobre a trajetória desse poeta e apreciar algumas de suas principais canções, regravadas em 2013, no estúdio da Faculdade Cantareira, pelos Corais dos alunos do Colégio Jardim São Paulo.

Nascido em 11 de dezembro de 1926, em uma cidadezinha montanhosa do Sul de Minas Gerais – Três Pontas – o menino Paulo, o quinto filho de nove irmãos de uma família humilde, cresceu arquitetando brincadeiras e travessuras pelas ruas da cidade. As dificuldades dos pais em lidar com a criatividade e autonomia do menino Paulo aumentaram e foram decisivas na resolução de enviá-lo para um colégio interno.

Naquela época, o internato foi palco de descobertas, novas amizades e, principalmente, de muito aprendizado. A inquietude deu lugar à disciplina e o seu tempo livre era dedicado à leitura, à prática de esportes, ao estudo de idiomas e, principalmente, à música. Foi lá que o menino Paulo começou a formar sua capacidade intelectual e a perceber suas potencialidades. Nesse período, a veia poética já se manifestava, dando origem a várias composições. Por meio da música, a criatividade e a emoção fizeram parte de muitos momentos marcantes ao longo de sua vida.

Após alguns anos, concluiu o Ensino Ginasial e mudou-se para a cidade de Curitiba para cursar o Científico. Enquanto estudava, iniciou sua jornada de educador, ensaiando os alunos para as fanfarras, treinando as crianças nos esportes e organizando o coral da escola. Terminado o Curso Científico, optou por cursar Filosofia na Universidade Federal de Curitiba. O encerramento do curso culminou com a notícia de que sua família mudaria para São Paulo, no intuito de buscar tratamento adequado para o pai, gravemente adoentado.

Reunido com a família, já na capital paulista, o jovem Paulo propôs a fundação de uma escola, já que seis dos seus irmãos eram professores. Assim, se inicia, propriamente, a história do Colégio Jardim São Paulo, na época, Externato Jardim São Paulo.

A escola começou com seis ou sete alunos e, no final do ano, eram mais de cinquenta, fruto do trabalho incessante e da qualidade e excelência de ensino, baseados na tríade educação, esporte e arte. Pouco a pouco, os irmãos passaram a se dedicar a outros projetos na área do Direito e do Ensino Público e, gradativamente, Paulo assumiu a administração da escola, convicto de que era o caminho certo a seguir e de que aquela era a missão que cumpriria com prazer pela vida afora.

Nessa mesma época, conhece a jovem normalista Christina Milano. O namoro foi se firmando, as famílias se conheceram e, um ano depois, estavam casados. Dessa união, nasceram não só uma nova família – com a chegada do casal de filhos Maria Elisa e Paulo Jr. – mas também uma parceria de trabalho e dedicação em torno da educação.

Como bom educador, Paulo mostrava-se atento aos detalhes, zeloso e comprometido com a formação integral dos alunos. Seu trabalho poderia ser comparado ao de um jardineiro que, cuidadosamente, prepara a terra para o cultivo e acompanha, passo a passo, o germinar da semente e o desenvolvimento da plantinha. A receita deu certo, a escola prosperou e novos frutos surgiram: as unidades Cantareira e Tremembé e a Faculdade Cantareira.

A inquietude do nosso menino Paulo do início da história perdurou através das décadas e ele, com sua família e uma fiel e competente equipe de trabalho, foi abrindo espaços e oportunidades, promovendo o conhecimento de toda uma herança cultural, além de encontros, alegrias e momentos inesquecíveis.

A marca dessa história de sucesso tem sido simbolizada por três estrelas, atual logotipo do Colégio Jardim São Paulo. Essas estrelas encontram significado na tríade educação, esporte e arte. Podem referir-se, também, à grande conquista do tricampeonato das Olimpíadas da Cidade de São Paulo na década de 1970, ou, ainda, representar as três unidades do Colégio.

Mocidade brilhante e radiosa
Alma cheia de ardor juvenil
Somos nós, legião vitoriosa,
Esperança do nosso Brasil.

Meu colégio, morada querida,
Templo santo de amor e saber,
Tu nos guias nas sendas da vida,
Tu nos mostras a luz do dever.

O teu nome para sempre gravado,
Estará nestes bons corações,
E nas horas de luta e enfado,
Lembraremos as tuas lições.

Hoje estou tão feliz, meu bem, estou com você ….
Mas o tempo dispara, amor, não sei por quê.
O relógio cruel não tem, não tem, não tem coração,
nada sabe de amor e não sente paixão.

Esses olhos bonitos me parecem contar
Que você me quer bem, que você sabe amar.
Esses lábios vermelhos, entreabertos em flor,
Me parecem pedir ah…. muitos beijos de amor.

Há muito tempo deixei minha cidade
E muito longe a sorte fui tentar.
Mas onde quis achar felicidade
Só desenganos eu pude encontrar.

Veio a saudade da terra abençoada,
Da velha casa que me viu nascer,
Daquela gente boa e sossegada
Que me ensinou a arte de viver…

Ali ficaram amigos e parentes….
Amor-em-flor também ficou ali.

Corri o mundo, vi plagas diferentes,
Mas meu rincão jamais esqueci…

E peço a Deus proteja minha terra.
Faça do solo um traço de união.
E das “três pontas” que brilham lá na serra
Os para-raios de toda a região…

Há muito tempo eu fiz longa viagem.
Foi pra bem longe com planos de vencer.
Mas deste povo guardei esta mensagem:
“Muita firmeza na trilha do dever”.

E peço a Deus proteja minha terra.
Faça do solo um traço de união.
E das “três pontas” que brilham lá na serra
Os para-raios de toda a região…

Eu preciso agradecer por ser assim tão feliz, tanta coisa por fazer, tanta coisa que já fiz.

Muito obrigado, Senhor! Muito obrigado, meu Deus!

Tu me cobriste com muito amor, sublime amor, e realizaste os sonhos meus.

Nós temos que lutar e sempre pelejar, jamais esmorecer,

Pois não estamos sós, estão dentro de nós a força e o poder.

A mente me diz que vou triunfar e sei que vou colher aquilo que plantar.

Cultivo pensamentos de alegria, de harmonia, de muita paz.

Eu sei o grande bem que isso faz, que isso traz e agradecendo eu vou cantar.

Meu grande amor, saudades de você.
Seja onde for o saudade não se vê.
Você, meu bem, fisgou meu coração
e acendeu o fogo da paixão.

Meu grande amor, preciso de você.
Seu meigo olhar me alegra e satisfaz
e essa paixão me faz sofrer demais.

Se algum dia você me abandonar,
eu vou sofrer pra sempre a minha dor.
Mas se voltar a fim de me acalmar,
então verá que é meu grande amor.
Então verá que é meu grande amor…

Lá na serra tem um sítio, um jardim em flor
Um lugar bem diferente, onde até se esquece a dor
É o verde, a natureza, muita calma, muita paz
Nossa mente se renova e a tristeza se desfaz.

No grotão pia o jaó, já responde o sabiá
Pintassilgo faz a festa, juriti canta por lá
Chora a brisa na paineira, vendo a flor desabrochar
Seriema, tão ligeira, corre, corre sem parar.

Na serra da Cantareira, nesse cantinho feliz
O ronco da cachoeira espanta os bem-te-vis
Terra de tarde dourada, meu pedacinho do céu,
Na prece da madrugada, tens de neblina um véu

Neste canto é que se vive vida boa e natural
É ar puro, é água fresca, a verdura no quintal
Muita fruta saborosa encontramos por aqui
Tem pitanga e tem amora, gabiroba e abacaxi.

No passeio após o almoço, vejo o gado a ruminar
A galinha e os pintainhos se afagando no pomar
Ponho a rede na varanda, sonolência logo vem
Mas o coração reclama os carinhos do meu bem.

O coreto da praça
Não, não pode acabar
É a festa do povo
Que se alegra de novo
Vendo a banda tocar

Muito antigo lá na praça
Tem histórias pra contar
É o palco iluminado
Onde a banda vai tocar
No coreto da cidade
Deixa o povo a sua dor
As pessoas lá se juntam
quais abelhas numa flor.

Pras crianças inquietas
É motivo de alegria
Entre doces e pipocas
Vão ouvindo a melodia
Até mesmo a solteirona
O coreto faz sonhar
Tanto o homem vê a banda
Qu’inda espera se casar.

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