Formada pela Unifesp, ex-aluna analisa hábitos dos estudantes para sua pesquisa de doutorado
Luísa da Costa Lopes formou-se no Colégio Jardim São Paulo em 2015. Atualmente, é pesquisadora da Escola Paulista de Medicina, instituição da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Porém, sua ligação com o Jardão continua até hoje, pois a ex-aluna está analisando um aspecto muito importante de nossos alunos: as características do sono deles. Entenda logo abaixo e veja uma entrevista com ela no vídeo acima.
Inspiração e estudos no CJSP
Os três anos do Ensino Médio de Luísa foram cursados no colégio. Sua entrada no CJSP foi um pedido da própria aluna aos pais, acreditando que, no Jardão, disporia de mais oportunidades e estudos. Sua “paixão” pelas aulas da professora e coordenadora de Biologia, Cláudia Arneiro Gulielmino, é sempre lembrada. Essa experiência, somada a muitas reflexões e conversas com outros ex-alunos, motivou sua entrada na biologia e sua especialização na área de genética.
O sono e os hábitos dos alunos
Luísa cursou Ciências biológicas na Unifesp. Durante sua graduação, começou sua carreira de pesquisadora, produzindo um artigo acadêmico de iniciação científica.
Seu estudo com os jardanenses avaliou como uma variante genética (uma característica encontrada no DNA de alguns indivíduos) afeta o sono dos adolescentes. Para isso, ela ensinou os alunos do Jardão a coletar amostras de DNA com cotonetes e enviou formulários, perguntando sobre os hábitos deles. A análise teve a participação de estudantes do Ensino Médio e durou cerca de um ano.
Após a conclusão desse projeto e de sua graduação, a pesquisadora iniciou seu doutorado, prosseguindo com os estudos sobre o sono – e, novamente, os jardanenses serão sua base de análise. Ampliando sua pesquisa, Luísa terá contato nossos estudantes ao longo de três anos. Os jovens escolhidos estão, atualmente, na 1ª série do Ensino Médio. Logo, o projeto permanecerá até a formatura deles em 2025.
A ex-aluna está coletando informações para um panorama completo dos adolescentes, avaliando a relação das horas e horários de sono deles com características de suas personalidades, suas tomadas de decisão e seus hábitos e comportamentos, além das mudanças desses fatores ao longo do tempo.
Para isso, será utilizado um actígrafo em cada um. Semelhante a um relógio de pulso eletrônico, o equipamento registra horas de sono, temperatura corporal, exposição à luz e até movimentos. Os registros serão feitos em intervalos de nove dias, incluindo não apenas os de aulas regulares na escola como também os finais de semana.
Segundo Luísa, os resultados desses estudos podem demonstrar particularidades de cada um e preferências dos estudantes que podem orientar na construção dos horários das aulas e atividades da grade curricular escolar. Conheça ainda mais sobre esse projeto na entrevista com a ex-aluna no vídeo acima.